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segunda-feira, 23 de julho de 2012

A Carta

Hoje venho aqui para postar uma das coisas mais difíceis e bobas que eu já escrevi. Toda vez que paro para ler de novo as palavras que escritas nessa "carta", lembro-me do poema de Fernando Pessoa. E acho tudo ridículo e idiota, mas  logo depois percebo que foi uma das coisas mais sinceras e verdadeiras que eu já escrevi, do fundo de minha alma. Compartilho com vocês: "A Carta"


As palavras nunca me foram tão difíceis como agora. Chega a me ser estranho pelo fato de as palavras se estranharem e me estranharem enquanto ás coloco neste papel. Talvez por nunca ter na minha vida imaginado escrever meus “sentimentos” desta forma em um papel com linhas aonde não escrevo histórias fictícias, mas ao invés disto estar escrevendo o que se passa em mim que me causa esse estranhamento.

Por mais estranho que isto me esteja sendo, por mais idiota que eu acho que isso seja. É a única forma que eu encontrei de me abrir (sei lá), porque quando eu escrevo ou penso em algo para esse fim eu me sinto bem e é como se depositasse todas as minhas emoções através das palavras, como faço agora. Emoções cujo quais evito ao máximo expressar, por medo. Acho que por isso no começo, no passado quando comecei a gostar de você eu ficava em constante luta comigo mesma, porque você me bloqueava escritamente. As palavras começavam a me fugir e se quer uma linha ou curva de palavras, saíam do esboço do meu lápis ou caneta.

E com o passar do tempo eu fui me convencendo e me convencendo de que você era algo passageiro, como uma nuvem cinzenta num dia ensolarado que está ali só para atrapalhar o sol, mas o problema sempre foi que eu sempre preferi a nuvem escura ao sol, eu sempre preferi o escuro ao claro, o dia chuvoso ao dia ensolarado e isso fez com que o que era uma simples nuvem sem importância se tornasse algo significativo. 
E cada atitude, cada gesto ou movimento desta mesma se tornou pra mim algo diferente e bom, e a nuvem ao invés de atrapalhar passou a ser algo agradável que ao invés de bloquear, criava “coisas belas em mim.”


Não sei mais o que escrever, porque ao  mesmo tempo que fazer isso lava minha alma, eu não consigo passar para este papel nem metade das sensações que  você me causa. Por mil vezes enquanto eu escrevia e reescrevia frases, minha cabeça se preocupava com o que você iria pensar ou não do texto. Porém eu custei a perceber que medir as palavras e controlar o que escrever ou não escrever, não seria sincero da minha parte se não deixasse com que minhas mãos guiassem a caneta para que essa deixasse com que as palavras mais sinceras e verdadeiras saíssem da minha alma.

Não sei como nem porque, mas eu sei que você consegue me fazer bem só de olhar pra você. Tudo bem que não consigo explicar o que  comigo, mas quando estou próxima de você é como se perdesse o controle das minhas ações. E o que mais me irrita é o fato de as coisas cujas quais eu digo e repito que me “incomodam” em você, são as que eu mais gosto. ( tirando aquela barbicha de bode [risos]kkk *-*)

Enfim, acho que gostar de alguém não é só querer estar com a pessoa de uma forma carinhosa, mas também é principalmente querer ver ela bem e feliz. Não importa a distância ou o modo como tudo aconteça daqui pra frente se eu conseguir ver um brilho nos seus olhos que mostrem que você está bem, o resto será apenas resto e te ver assim me acalmará, porque você sempre estará sendo “uma parte” de mim a mais linda, fofa, certa, pervertida, assustadora, confusa e estranha.  


JFS

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